A contribuição do exército soviético na vitória sobre o nazismo e as boas relações de vizinhança são uma base razoável para a participação nas celebrações de 9 de maio na Rússia, escreve o jornal norueguês Dagsavisen.
A recusa do governo da Noruega de participar do eventos oficiais da comemoração dos 70 anos do Dia da Vitória em 9 de maio, em Moscou, não parece suficientemente justificada. Quem afirma é a publicação do jornal norueguês Dagsavisen.
No ano passado, o governo da Noruega foi convidado a participar do 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial, em Moscou, mas no final de março, respondeu que seus representantes não comparecerão aos eventos oficiais na Rússia. Tal decisão foi tomada devido às relações tensas entre a Rússia e o Ocidente no momento por conta da crise na Ucrânia.
De acordo com a publicação norueguesa, “é estúpido esquecer os méritos da União Soviética na vitória sobre o nazismo e, em particular, que foram os soldados soviéticos que libertaram a parte norte da Noruega (Finnmark) que foi ocupada pela Alemanha nazista no início da guerra”.
O jornal escreve que é preciso “honrar a memória da contribuição militar decisiva da União Soviética na luta contra a Alemanha nazista. Milhões e milhões de cidadãos soviéticos morreram durante a Segunda Guerra Mundial. Os soldados soviéticos libertaram a parte oriental da Finnmark da ocupação alemã, no Outono de 1944. São justamente essas vítimas que precisam ser lembradas durante as comemorações do aniversário em Maio”.
Além disso, a publicação destaca que a Noruega e a Rússia são vizinhos e nunca estiveram em grandes conflitos. Com isso, o autor do artigo observa que o resultado desta atitude do governo da Noruega não tem uma base adequada e é ainda uma espécie de populismo.
EUA não têm o direito de julgar a memória de outros povos sobre a II Guerra
A politização da História é perigosa e os Estados Unidos não têm o direito de julgar como outros povos escolhem se lembrar da Segunda Guerra Mundial, segundo declarou o ex-embaixador dos EUA na Rússia John Beyrle, em entrevista à agência de notícias Itar-Tass nesta sexta-feira (10).
“Não cabe a nós, que nunca sofremos esse tipo de devastação em nosso próprio território — não cabe a nós julgar a forma como outros povos escolhem para se lembrar disso”, disse Beyrle, cujo pai foi um dos poucos soldados norte-americanos na Segunda Guerra Mundial a servir tanto com o Exército dos Estados Unidos quanto com o Exército soviético.
“Como disse John F. Kennedy em 1963, na história das guerras nenhum povo sofreu tanto quanto o povo soviético sofreu na Segunda Guerra Mundial; isso é simplesmente um fato”, acrescentou o diplomata.
“A politização da História é algo que pode ser usado de uma maneira muito perigosa e perniciosa – e vimos isso através da história. Hitler é provavelmente um bom exemplo”, concluiu.
Fonte: Sputnik News Brasil / Plano Brasil
Fonte: Não participar da celebração do Dia da Vitória em Moscou é ‘populismo infeliz’»
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