Primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, chamou nesta quinta-feira de “cinismo sem limites” o apoio do G7 à operação armada das forças ucranianas contra a insurreição pró-Moscou na região leste do país.
Medvedev mencionou no conselho de ministros a entrada no país de refugiados a partir das regiões de fronteira com a Ucrânia.
“Depois disto, o suposto G7 fala de ações moderadas do exército ucraniano contra seu próprio povo. É de um cinismo sem limites”, afirmou.
Em um comunicado divulgado na quarta-feira em Bruxelas, o G7 estimulou o governo ucraniano a manter um enfoque moderado nas operações para restaurar a lei e a ordem no leste do país. A Rússia denuncia uma intervenção desproporcional.
“As pessoas estão assustadas, têm medo, mas as autoridades ucranianas não veem nenhum problema humanitário, afirmam que não existem refugiados: isto é mentira”, declarou Medvedev.
O primeiro-ministro calculou que 5 mil pessoas chegam a cada dia à região russa de Rostov Don (sudoeste), procedentes da Ucrânia.
“A diferença entre as saídas e entradas (na fronteira) é de quase 5 mil por dia”, disse.
“Quatro mil já solicitaram. Não tem precedentes”, afirmou Medvedev.
Fonte:Terra
Moscou aponta para perigo de catástrofe humanitária na Ucrânia
A catástrofe humanitária no sudeste da Ucrânia vem obrigando a população a abandonar o seu país de origem. O maior fluxo de refugiados se dirige para as regiões fronteiriças da Rússia. O governo de Kiev deixa o seu povo à sua sorte – as hostilidades já se travam nas zonas de bairros residenciais sem que sejam abertos os “corredores humanitários”. As organizações de defesa de direitos humanos estão fazendo a vista grossa à situação que se torna cada vez mais grave.
Foi a Rússia que tomou cuidado de refugiados, cujo número tende a crescer. Diariamente, a região fronteiriça de Rostov alberga cerca de 7-8 mil pessoas – famílias inteiras com crianças que fogem ao fogo de artilharia, ataques de aviões militares e disparos de franco-atiradores.
As autoridades de Kiev se recusam a criar “corredores humanitários”, razão pela qual os habitantes locais decidem abandonar seus lares, correndo um enorme risco. Todavia, é muito mais perigoso ficar e ser alvejado. A Guarda Nacional submete a bombardeios os bairros residenciais e hospitais, as pessoas carecem de medicamentos, alimentos e água potável. Umas se deslocam para outras regiões mais seguras.
Mas a maioria esmagadora não possui para tal nem forças, nem meios suficientes – muitos já perderam os bens que tinham acumulado durante décadas. O representante governo de Donetsk, Denis Pushilin, pediu auxílio dos russos:
“Por sorte, muitos habitantes da Federação da Rússia atenderam ao nosso apelo. São os habitantes da Crimeia, de Stavropol e outras regiões russas. Enviamos para lá, antes de mais, as crianças. Más há períodos em que não podemos enviar ninguém. Por exemplo, em Slavyansk as tropas ucranianas não deixam partir crianças e mulheres grávidas. É uma postura incrível e desumana”.
A Rússia está disposta a acolher todos sem exceção. Nas zonas fronteiriças indicadas foi decretado o estado de emergência. Ali, foram montados campos de tendas em que os refugiados estão sendo atendidos. Foi organizado um Fundo de Assistência. As crianças recebem consultas de psicólogos. Mas apesar disso, o fluxo de refugiados tem vindo a aumentar, enquanto na zona de combate ficam muitas pessoas, salienta Pavel Astakhov, encarregado de direitos de crianças:
“Os centros infantis se tornam alvo de ataques de lança-granadas e bombas. Nesta situação, nos inquieta muito o destino das crianças órfãs. A catástrofe humanitária tem estado negligenciada por organizações internacionais de proteção de direitos humanos. Elas não reagem, nem criam missões humanitárias, nem apresentam protestos ao governo provisório que deve abrir corredores humanitários. Esperamos que estas instituições se despertem do sono e criem condições necessárias para defender as crianças em perigo”.
Para já, o Ocidente tem prometido prestar ajuda aos poderes de Kiev. O presidente dos EUA, Barack Obama, num encontro com o presidente eleito da Ucrânia, Piotr Poroshenko, prometeu destinar 5 milhões de dólares para a aquisição de coletes à prova de bala, aparelhos de visão noturna e meios de comunicação.
Para que os carrascos possam matar, durante 24 horas, as pessoas inocentes que precisam de remédios e produtos alimentícios de primeira necessidade.
Em 7 de junho, o oligarca Piotr Poroshenko deverá tomar posse, podendo, a partir dai, restabelecer a paz na terra ucraniana. “Enquanto as suas mãos estão limpas, ele pode mandar parar a operação punitiva e entabular um diálogo com os seus concidadãos no sudeste da Ucrânia”, realçou na véspera o presidente, Vladimir Putin.
A operação militar tem sido realizada desde os meados de abril de 2014. É desde modo que Kiev procura esmagar os protestos populares, causados pelo golpe de estado ocorrido em 22 de fevereiro.
Fonte: Voz da Rússia
Plano Brasil
Fonte: Apoio do G7 a Ucrânia é “cinismo sem limites” – Dmitri Medvedev»
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