segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quando um raio cai no mar, até onde vai a carga de energia?


Depende do raio. Estima-se que uma descarga de 50 mil ampères, por exemplo, já seja inofensiva a um banhista a 125 m do ponto de incidência. A intensidade da corrente diminui segundo o inverso do quadrado da distância. Logo, com o dobro da distância, cai para 1/4. Com o triplo, baixa para 1/9. E assim por diante. Por isso que, quando um raio cai em Copacabana, alguém em Ipanema não morre eletrocutado. O raio se comporta da mesma maneira no mar ou na terra. A diferença é que, como a corrente sempre procura se concentrar no meio mais condutor, no mar aberto ela se divide igualmente entre o nosso corpo e a água. Já em terra firme, ela sempre se concentra no nosso corpo - e aí os danos são maiores.

Bônus Extra

Mergulho eletrizante

Confira as consequências de um raio de 50 mil ampères a diferentes distâncias

Morte certa

Uma pessoa nadando a até 50 m do ponto de incidência da descarga elétrica sofreria um choque de mais de 300 mA (miliampère). Resultado: um ataque cardíaco fulminante

Chance de sobrevivência

Entre 50 m e 85 m, a descarga elétrica diminui, podendo variar entre 300 e 100 mA. O nadador sofreria queimaduras, asfixia e, em alguns casos, uma parada cardíaca, mas poderia se salvar

Risco reduzido

Entre 85 m e 125 m, a intensidade fica entre 100 e 50 mA. Não é suficiente para matar ninguém, mas apenas porque a descarga elétrica de um raio dura pouco - cerca de um milésimo de segundo. Uma descarga mais duradoura nessa mesma intensidade, como no choque de um chuveiro, poderia, sim, matar

São e salvo

Acima dos 125 m de onde o raio caiu, uma pessoa no mar receberia uma descarga elétrica de menos de 50 mA. Ela sentiria o formigamento típico, mas sem riscos

ATENÇÃO!

Esses valores são só representativos. A ME aconselha: durante uma chuva com raios, sempre saia da água e procure um local seguro

• Raio é a descarga elétrica atmosférica. Relâmpago é a luz e trovão é o som causados pela ionização do ar e o choque com as cargas elétricas das nuvens

Fontes: [ Mundo Estranho, Dulcidio Braz Jr, professor de física do Anglo e autor do blog "Física na Veia!", e Silverio Visacro Filho, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ]
Autor:

Vinicius Delmondes



Artigo:

Data: 10/09/2013
Mistérios Do Mundo

0 comentários

Postar um comentário