Uma nova pesquisa descobriu a razão pela qual algumas pessoas parecem não gostar de tudo, enquanto outros parecem gostar de tudo. Aparentemente, tudo isso faz parte de nossa personalidade individual - uma dimensão que os pesquisadores cunharam "atitude de disposição."
Pessoas com uma atitude disposicional positiva possuem uma forte tendência a gostar das coisas, ao passo que as de atitude negativa a fazem o contrário, de acordo com o estudo da Universidade de Illinois e da Universidade da Pensilvânia (ambas nos EUA).
À primeira vista, por exemplo, avaliar os sentimentos de alguém sobre seus cuidados com a saúde pode não parecer útil para conhecer os sentimentos dessa pessoa sobre a área da arquitetura, pois saúde e arquitetura são estímulos independentes com conjuntos exclusivos de propriedades. No entanto, há ainda um fator crítico em que as atitudes de um indivíduo terão em comum: o próprio indivíduo. “Algumas pessoas simplesmente são mais propensas a focar aspectos positivos e outras aspectos negativos sobre as coisas”, diz Hepler.
Para descobrir se as pessoas diferem na tendência de gostar ou não as coisas, os pesquisadores criaram uma escala que usa relatos de atitudes das pessoas em relação a uma ampla variedade de estímulos não relacionados, tais como arquitetura, chuveiros frios, política e futebol. Ao saber o quanto as pessoas gostam ou não dessas coisas específicas, as respostas formaram uma média para calcular a sua atitude disposicional (ou seja, para calcular o quanto elas tendem a gostar ou não de coisas em geral).
A teoria é que, se os indivíduos diferem nessa tendência geral, atitudes em relação a objetos independentes podem realmente ser relacionadas. Ao longo dos estudos, os pesquisadores descobriram que as pessoas com atitudes disposicionais positivas geralmente são mais receptivas que as pessoas com atitudes negativas. Na prática do dia-a-dia, isso significa que as pessoas com atitudes positivas podem ser mais propensas a ser bons consumidores de coisas novas e seguir ações positivas regularmente (reciclagem, dirigir com cuidado, etc).
Para Hepler e Albarracin, esta descoberta expande a teoria, demonstrando na prática que uma atitude não é apenas uma função sobre as propriedades de um objeto, mas também uma função das características do indivíduo que avalia esse objeto.
Fontes: [ HyperScience, sciencedaily ]
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