Para começar, as chances de um helicóptero - ou de um avião - virar churrasquinho aéreo são muito pequenas. Vá lá, são um pouquinho maiores que o azar de um relâmpago tostar um de nós em terra firme, mas, mesmo assim, ainda muito raras.
Em todo caso, se essa tremenda zica acontecer, provavelmente a aeronave vai escapar ilesa. Isso porque a fuselagem de helicópteros e aviões fica protegida por um revestimento de metal - normalmente, o alumínio -, que funciona como uma blindagem para a cabine da aeronave. Como o metal é um bom condutor de eletricidade, a corrente elétrica irá contornar a fuselagem, dando a volta por fora antes de chegar ao chão.
Como o relâmpago sofre esse desvio, a aeronave continua firme e forte e os passageiros ficam em segurança. Essa técnica de proteção é conhecida como "gaiola de Faraday", em homenagem ao físico inglês Michael Faraday.
"Dizem que, para demonstrá-la, ele colocou o filho recém-nascido numa gaiola metálica, mas sem contato com ela. Depois, submeteu a jaula a uma descarga elétrica de milhares de volts. O menino saiu são e salvo", diz o físico Cláudio Furukawa, da Universidade de São Paulo (USP).
A coisa fica complicada quando a descarga atinge partes que não fazem parte da tal gaiola de proteção, como turbinas ou tanques de combustível. Aí, podem ocorrer explosões e incêndios. Por sorte, hoje essas partes são bem protegidas e isoladas por por uma dupla camada de metal, que cria uma espécie de "minigaiola". Outro fator que pode aumentar um pouco o risco de tomar um relâmpago é voar em altitudes abaixo de 1 800 metros, como fazem os helicópteros.
Nessa área, a incidência de raios geralmente é maior. Pelo mesmo motivo, a hora da aterrissagem ou da decolagem é a mais perigosa para os aviões. Por isso, os aeroportos costumam ficar fechados durante as tempestades elétricas.
Fontes: [MundoEstranho]
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