Uma empresa sul-coreana Lear, com filial em Honduras, foi denunciada por proibir seus funcionários de irem ao banheiro, obrigando-os a usar uma espécie de fraldas, única e exclusivamente com o objetivo de aumentar a produção.
Os líderes sindicais e ex-funcionários da empresa estão alegando que eram obrigados a usarem fraldas para aumentar o nível de produtividade. Os representantes da empresa, no entanto, negam as acusações, mas um inquérito foi aberto para verificar a veracidade.
No último sábado, Daniel Duron, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores denunciou a violação dos direitos trabalhistas pela empresa Kyungshin-Lear Honduras, especializada em sistemas de distribuição elétrica.
A acusação é terrível: a empresa estaria forçando os trabalhadores a usarem fraldas para evitar que eles fossem ao banheiro, economizando assim tempo, impedindo que eles saíssem de seus postos para urinar ou defecar.
Duron ainda afirmou que as fraldas não eram fornecidas e que, especialmente as mulheres, tinham que comprá-las. Os que não quisessem usar e saíssem de seus postos de trabalho para ir ao banheiro, poderiam perder o emprego.
O ministro do trabalho de Honduras, Jorge Bográn, afirmou aos jornalistas da imprensa local que 30 inspetores estão trabalhando para averiguar a denúncia.
Edgardo Dumas, representante legal da empresa, diz que as acusações são falsas e imprudentes.
No entanto, Maria Galeano, trabalhadora demitida em abril depois de trabalhar 7 anos na empresa, confirmou as denúncias feitas por Daniel Duron: “É embaraçoso dizer que se tem que usar fraldas, porque não lhe dão permissão para ir ao banheiro, mas há um grande número de funcionários que podem confirmar isso”, declarou.
A comissão encarregada de investigar o caso será integrada por representantes das embaixadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, junto com delegados do Ministério do Trabalho de Honduras.
Fontes: [Oglobo, Jornal Ciência]
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