Nos pântanos costeiros da Califórnia o verme invisível a olho nú (Euhaplorchis californiensis) libera seu macabro controle mental sobre o peixe. Mas antes de fazer isso é preciso passar pelos corpos de um caramujo e um pássaro.
Bem, esse verme danado se origina de um ovo microscópico que se aninha no estômago de aves marinhas. As fezes das aves infectadas contêm milhares de ovos do verme cerebral que são comidos por caramujos daquela região.
Os ovos acabam chocando dentro da concha do caramujo e as larvas do verme cerebral se alimentam das gônadas do caramujo, dominando seu sistema reprodutor sugando a energia que o caramujo aplicaria na reprodução. O caramujo agora só vai formar filhotes de vermes cerebrais pelo resto da vida.
Uma vez bem alimentados, os vermes nadam para fora do caramujo e iniciam sua jornada para dentro do desavisado peixinho, o Killifish. Eles penetram no corpo do peixe através da pele e das guelras. Lá dentro migram até a cavidade cerebral do peixe.
Aparentemente o peixe é normal, age se fossem saudáveis: nadam, comem, se reproduzem, põe ovos. Mas se observarmos o cérebro do peixe podemos contar mais milhares de minúsculos cistos contendo os vermes cerebrais.
De repente o peixe começa a ter um comportamento estranho e impulsivo. Os vermes microscópicos literalmente assumem o comando do peixe e quanto maior o número de vermes no cérebro mais estranhamente o peixe agirá.
O comportamento é totalmente controlado pelos vermes cerebrais, que secretam substâncias desconhecidas alterando a química cerebral do peixe e afetando seus neurotransmissores. Quando chega a essa fase, o destino do peixe está traçado.
Estranhamente ele começa a saltar para fora d’água e se exibir para os predadores, os pássaros marinhos de que falamos no início. O peixe simplesmente sinaliza ao pássaro: “Me coma!” Quando o pássaro come o killifish o ciclo de vida do verme recomeça!
Aí está o parasita dominador de cérebro. Que feioso!
Todas essas bolinhas brancas são cistos do verme estão se desenvolvendo no cérebro do peixinho…
Fontes: [ Vídeo “O mundo invisível: água” – Discovery Channel/Diário de Biologia ]
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