O mau hálito, ou halitose, costuma ter origem em problemas relacionados à má higiene na boca. Restos de alimentos, escovação ruim, gengivite, cáries, pouca saliva e a saburra (placa bacteriana formada na língua) respondem por 90% dos casos do "bafo de onça".
Aproximadamente 40% da população brasileira apresenta o problema, que também pode ser provocado por maus hábitos alimentares, algumas doenças e até certos medicamentos. "Cerca de 60 fatores podem causar mau hálito. E, em geral, há uma complexa interação entre eles", afirma o cirurgião-dentista Eduardo Dutra, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO). Aquele bafo ocasional, que acomete todo mundo vez ou outra, tem soluções simples.
A primeira providência é caprichar na escovação, lançando mão, por exemplo, do fio dental. Alimentar-se a cada três horas também ajuda, de preferência com alimentos ricos em carboidratos e fibras - como frutas e cereais. Isso porque o jejum faz com que o corpo gaste calorias provenientes da gordura armazenada no organismo.
A queima dessas calorias provoca gases malcheirosos que entram na corrente sanguínea e acabam sendo exalados pela boca e pelo nariz. Beber 2 litros de água por dia também colabora no controle.
Já o mau hálito crônico, que afeta cerca de 35% da população mundial, é mais grave. "Além de problemas na boca, em cerca de 3% dos casos ele também pode ser causado por doenças, como diabetes, sinusite, problemas intestinais, doenças hepáticas e pulmonares, entre outras", diz Dutra. Em geral, as pessoas não se tocam que têm um bafão, já que o olfato se adapta rapidamente a qualquer odor constante.
A dica é ficar atento a sintomas como gosto alterado, sensação de boca seca e sangramentos na gengiva. Nesses casos, um especialista poderá medir a intensidade do hálito e identificar as causas.
Fontes: [ Mundo Estranho ]
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